A coceira proveniente de uma picada de mosquito acontece por conta do sistema imunológico.
Ao picar, o inseto injeta saliva pela probóscide (o "bico" que ele usa para perfurar a pele), com muitos anticoagulantes, fazendo o sangue ficar mais fluido, facilitando assim a alimentação do mosquito. Em 2012, pesquisadores descobriram que esse "bico" consegue perfurar os vasos sanguíneos individualmente, secando-os.
Quando se é picado pela primeira vez na vida, não sentimos nada, pois o sistema imunológico ainda está tentando responder ao dano. Da outra vez, ele lança uma enorme quantidade de histaminas aos vasos sanguíneos secos, causando o inchaço que coça em excesso.
Porém, em 2012, um estudo publicado na revista Drug and Therapeutics Bulletin encontrou “poucas evidências diretas para a eficácia de tratamentos em simples picadas de insetos, e, em geral, as recomendações para o tratamento são baseadas na opinião de especialistas e em experiência clínica”.
Os cientistas responsáveis por este estudo acrescentaram que pomadas contendo antissépticos, anti-histamínicos, ou agentes de entorpecimento, tais como lidocaína e benzocaína, podem ajudar apenas algumas vezes. Mesmo assim, os pesquisadores disseram que "às vezes" é melhor do que nada.
“Para as reações locais breves, a área deve ser limpa e uma compressa fria aplicada. Analgésicos orais podem ser dados para combater a dor, e um corticosteróide em creme, suave, pode ser aplicado para reduzir a inflamação e a coceira. Grandes reações locais podem ser tratadas com um anti-histamínico oral. Tratamento antibacteriano não é necessário para picadas de insetos simples, mas as infecções secundárias devem ser tratadas com um agente antibacteriano, por via oral, em conformidade com as diretrizes locais, sempre com recomendação médica”, concluíram.
Na gif abaixo, a probóscide de um pernilongo procurando, encontrando e secando um vaso sanguíneo (em vermelho) após ficar a pele.
Créditos: Jornal Ciência
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